terça-feira, 11 de março de 2014

Leitura na escola: desafios e possibilidades



Há muito vem se discutindo sobre o papel da escola na formação de jovens leitores, bem como as possíveis práticas a serem adotadas em prol deste objetivo. A despeito da constatação de que o brasileiro é um dos povos que menos lê no mundo, não se tem conseguido sucesso em conquistar novos leitores, a não ser de forma esporádica.

Se olharmos o fenômeno a partir de um viés histórico e sociológico, perceberemos que a educação oferecida às nossas crianças e jovens é meramente utilitarista e mecanicista, visando exclusivamente às avaliações escolares, provas de avaliação externas como ENEM, Provinha Brasil e ainda os vestibulares. Nesse contexto, a leitura é vista simplesmente como uma ferramenta, nunca como o objetivo final a ser alcançado, ou seja, a formação plena do caráter, da consciência e do entendimento do que significa ser humano numa realidade tão complexa como a que vivemos nesse alvorecer do século XXI.

Por estranho que nos possa parecer, o ambiente escolar, justamente onde o livro e a leitura deveriam se fazer mais presentes, não tem conseguido oferecer situações e práticas que sejam propícias à conquista de leitores. Salas de aula onde se espremem quarenta alunos ou mais, professores sem a devida preparação e intimidade para com a leitura e uma rotina de trabalho em que muitos atendem cerca de quinhentos alunos durante a semana são alguns dos fatores que comprometem possíveis aulas diferenciadas, onde a leitura intensiva e imersiva poderia ser explorada.

Ademais, a escola tradicional como a conhecemos vem travando uma competição desigual com a miríade de tecnologias e apetrechos pessoais que surgem diariamente, frutos de um capitalismo desumano e consumista. Ao sair da escola, muitos de nossos alunos chegam a permanecer dez horas ou mais ocupados com seus computadores, tablets e celulares. Fechados para o mundo em sua bolha particular de entretenimento descartável, nossos jovens afirmam não ter tempo para ler.

O ato de ler precisa ser antes de qualquer coisa um ato de amor. A prática da leitura, especialmente a leitura literária, tem de acompanhar a criança desde mesmo antes de sua alfabetização por meio da contação de histórias, manuseio de livros de contos de fadas com ilustrações, quadrinhos e outras modalidades de material impresso, para que o mundo da leitura e da imaginação passe gradativamente a fazer parte da vida do indivíduo e lhe ganhe admiração e valor. Também é de suma importância a visitação a bibliotecas, bancas de revistas, livrarias, feiras de livros, palestras, teatros e eventos que tenham relação com o mundo da leitura e dos livros.

A partir da criação de uma rotina e da formação do hábito de ler, o gosto pela leitura permanecerá na adolescência e na vida adulta, fazendo com que passemos a entender melhor o mundo e a nós mesmos. Com o passar do tempo, a leitura nos proporcionará oportunidades de vida e nos livrará de superstições e preconceitos, nos possibilitando viver de forma muito mais fraterna e feliz.

Um comentário:

kalidasfahringer disse...

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