quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Novo ano, novas possibilidades



E assim chegamos ao final de mais um ano, de forma abrupta, como sempre acontece. Embora muitos dos sonhos e metas traçados para este ano tenham de ficar esperando para talvez se realizar em 2013, há muitos e bons motivos para comemorar. Comemorar antes de tudo porque 2012 nem deveria ter acabado e acabou muito bem, obrigado. A despeito de todos os documentários sensacionalistas, com incontáveis cenas da Terra sendo vaporizada, nenhuma catástrofe nos deu o ar da sua graça no final do ano.
A espécie humana sempre foi fascinada pela sua própria destruição. Imaginar como será o último capítulo de nossa existência neste planeta é algo que muitos procuram evitar, mas que ninguém consegue ignorar ou se manter neutro. Quanto mais obscuro, sinistro ou aterrador, mais nos sentiremos atraídos, com nosso imaginário trabalhando a todo vapor. Todo final de ano representa o fechamento de um ciclo, o encerramento de uma jornada que sempre envolve realizações, superação de obstáculos ou decepções, eventuais desilusões e fracassos.
Ratificando o que alguns filósofos da antiguidade já haviam elaborado, a Física moderna propõe que o tempo não existe. O conceito de tempo que adotamos e seguimos está sempre atrelado à imagem de um relógio, com os ponteiros das horas, minutos e segundos, de tal forma que isso nos parece algo imutável, sagrado até. É quase impossível imaginarmos o tempo de outra forma. Na civilização ocidental, toda a nossa existência está relacionada e demarcada pelo conceito do tempo cronológico: hora de tomar o remédio, hora de ir para o trabalho, dia que marca o domingo, dia de nosso aniversário, dia do primeiro beijo, dia que marca o final de um ano, dia que marca o início de um novo ano...
Tudo isso não passa de uma convenção. Para algumas tribos aborígenes da África e da Austrália, que não utilizam o conceito de tempo em suas vidas, a existência humana não é pautada pelas horas, dias ou anos. Antes, privilegiam-se as atividades necessárias à sobrevivência, os afazeres domésticos e os momentos de lazer. Nesse contexto, a vida humana assume um significado muito diferente do nosso. Cada tarefa, cada brincadeira acontece de forma natural e espontânea, pois não está condicionada pela escravização imposta pelo tic-tac de um relógio.
Da forma como vivemos, o final de um ano e início de outro sempre evoca o imaginário. Nos acostumamos a pensar que tudo será diferente, que coisas extraordinárias acontecerão. Pensamos desta forma sobretudo porque desejamos que seja assim! Gostaríamos muito que nossa vida desse um giro de 360 graus, para melhor é claro. No entanto, sabemos muito bem que muito pouco ou nada de diferente acontecerá. Eventuais realizações se intercalarão com muitas tentativas fracassadas e decepções, afinal somos um só, e o mundo em que precisamos lutar para sobreviver é uma multiplicidade, quase uma infinitude de variáveis, todas funcionando como obstáculos. É claro que as possibilidades de sermos derrotados são muito maiores do que as de sairmos vencedores.
Tal constatação, no entanto, precisa funcionar como um incentivo e não como uma perspectiva de derrota antecipada. Se terei mais barreiras, tenho que ser ainda mais forte. Se o ambiente de trabalho está carregado de derrotismo e pessimismo, então preciso ser ainda mais otimista, ver coisas positivas e oportunidades onde outros veem desilusões e fracassos.
Será mesmo que 2013 será tão diferente de 2012, tão melhor que 2012? Até pode ser, mas sou EU que tenho de criar as condições para que isso aconteça. Não irá acontecer por um passe de mágica, por um milagre. O início de um novo ano não traz promessas milagrosas de melhorias de vida, como muita gente pensa. O que ele traz são possibilidades. Cabe a cada pessoa transformar estas possibilidades em realizações ou... em decepções.
Levantemos as velas pois, e preparemo-nos para navegar mais uma vez por esse mar desconhecido e deveras fascinante chamado futuro. O que seria do gênero humano sem a aventura, sem a incerteza, sem o mistério? Seja muito bem-vindo 2013, e que bons ventos o tragam!

Um comentário:

Luz13 disse...

Oi,
Pesquisei o seu blog e pude ver que você faz um trabalho bonito e sério.
Por essa razão sugiro que assista as previsões de Aline, da Cidade das Pirâmides, para o ano de 2013.
São três programas imperdíveis. Confira http://youtu.be/hJV1qZWTtF0 .
Caso desejar visite também o nosso Blog:
http://deolhonomundoblog.wordpress.com/ Divulgue e fale com Aline!
Abraços.