O passarinho que canta em cima do muro
pela manhã;
O tênis ou a camiseta com caveiras que
você usa;
O sorriso discreto e cordial que você me
oferece a cada dia;
O refri que dividimos na hora do recreio,
entre uma conversa e outra;
O brilho do teu olhar quando conversamos;
O livro que você leu e cuja história quer
dividir comigo;
O filme (de terror!) que você viu e sobre
o qual quer discutir;
O sonho que você teve e agora não tem pra
quem contar;
A lagarta verde que caminha despreocupada
pelo tronco da árvore;
As histórias de vida que tens para contar;
O gatinho que mia faminto na esquina da
rua;
A velha senhora que toma chimarrão na
sacada e nos olha passar;
O desenho mal feito que guardas no fundo
da gaveta;
O poema que você escreveu e odiou;
As curtidas que me dedicas no facebook;
O rock barulhento e pesado que alguns
dizem ser "do capeta";
As boas conversas e a troca de ideias que
nos enriquecem;
O lero-lero descompromissado de onde saem
grandes ideias;
A preguiça que do nada pode vir a ser o
tudo;
A loucura que só os sábios podem sentir;
O cheirinho do pão recém saído do forno;
O café fumegante que me aquece no inverno;
O silêncio que tu preservas para que nada
se perca;
O "por favor" e o "com
licença" que nos limitam;
A vermelhidão do céu quando o sol se põe;
O mar que bate preguiçosamente contra a
praia;
O amor que une (deveria, ao menos) todas
as criaturas vivas.
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